Biden a caminho da Casa Branca

Joe Biden e Kamala Harris
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De  euronews

Os democratas preparam-se para regressar à Casa Branca. A contagem dos votos prossegue mas os sinais apontam todos na direção de Joe Biden. O presidente Trump não desiste.

Joe Biden prepara-se para suceder a Donald Trump. Mas o presidente cessante promete levar a batalha até ao limite e recusa conceder a derrota. Enquanto isso, as contagens não estão fechadas.

Quando faltam apurar os resultados em cinco estados, o candidato democrata lidera a corrida com 264 Grandes Eleitores (GE), de acordo com as projeções da Associated Press, enquanto o presidente cessante contabiliza 214.

270 é o número da “chave” que permite o acesso à Casa Branca.

A Pensilvânia concentra todas as atenções, atualmente. O estado natal de Joe Biden elege 20 GE. Quando estão contados 98 por cento dos votos, o candidato democrata lidera a contagem por 15 mil votos.

Outro estado igualmente simbólico é a Geórgia, onde estão em jogo 16 votos no Colégio Eleitoral. A diferença de votos, favorável a Biden, pouco passa dos 4 mil, quando os sufrágios estão todos praticamente contados.

O governo de Atlanta afirmou que uma recontagem dos votos é inevitável, tendo em conta a curta distância entre os dois candidatos.

A confirmarem-se estes triunfos, Biden arrebata a Trump dois estados conquistados pelo atual ocupante da Casa Branca em 2016.

No Nevada (6 GE) há mais de 20 mil votos a separar Joe Biden de Donald Trump, enquanto o Arizona (11 GE) é já dado como conquistado pela projeção da Associated Press.

Depois do discurso de quinta-feira, algumas personalidades republicanas vieram a terreiro apontar o dedo ao comportamento de Donald Trump.

O mais cáustico foi o antigo candidato presidencial (2012) Mitt Romney. O senador do Utah considerou “errado dizer que a eleição foi fraudulenta, corrupta e roubada.” Estas declarações “prejudicam a causa da liberdade, aqui e em todo o mundo”.

O candidato derrotado por Barack Obama há oito anos sublinhou, no entanto, que pedir a recontagem de votos ou investigações onde haja provas de irregularidades é um direito do presidente.

Também o senador da Pensilvânia, Pat Toomey, qualificou as acusações de fraude do presidente americano de ”muito perturbadoras”.

Do lado democrata, a líder da Câmara dos Representantes declarou Joe Biden presidente eleito. Nancy Pelosi reclamou vitória mas pediu paciência.

Mas enquanto as contas do Colégio Eleitoral permanecem indefinidas, o resultado do voto popular é sem apelo. Joe Biden conta cerca de 74 milhões de votos, mais quatro milhões do que o adversário.

Algo que pode ser de fraca consolação: Hillary Clinton (2016) e Al Gore (2000) perderam para Trump e George W. Bush, respetivamente, apesar de terem mais votos no total nacional.

Em termos absolutos, os números de ambos os candidatos são sem precedentes.

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