De um lado, ruas e comércio vazios, do outro, hospitais saturados. Assim foi o primeiro dia do novo estado de emergência em Portugal.
Envolta em nevoeiro e despida de gente, Lisboa amanheceu sombria para o primeiro dia do novo estado de emergência no país. A capital portuguesa faz parte da lista dos 121 concelhos em alerta vermelho por causa da covid-19.
A circulação limitada, o teletrabalho obrigatório e a possibilidade de controlo de temperatura em diversos espaços são algumas das medidas em vigor um pouco por todo o território nacional.
No dia em que o país volta a parar, de um lado, setores como o hoteleiro, da restauração e dos espetáculos mais vazios, do outro, hospitais a romper pelas costuras.
Portugal contabiliza hoje mais 63 mortos relacionados com a Covid-19, o maior número de casos num só dia desde o início da pandemia, e 4.096 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), no dia em que entraram em vigor as medidas do novo Estado de Emergência.
Desde domingo foram internadas em enfermaria mais 129 pessoas, contando-se agora 2651 internamentos, e mais 13 em unidades de cuidados intensivos, onde estão 391 pessoas.
O boletim da situação epidemiológica da DGS indica que das 63 mortes registadas nas últimas 24 horas, 33 ocorreram na região Norte, 22 na região de Lisboa e Vale do Tejo, cinco na região Centro, uma no Alentejo, uma no Algarve e uma na Região Autónoma da Madeira.