Braço-de-ferro na Casa Branca

Ainda não falou em público desde que foi anunciada a vitória de Joe Biden nas eleições norte-americanas, mas nem por isso Donald Trump deixa de continuar a exprimir-se através do Twitter. A mais recente medida anunciada foi o despedimento do secretário da Defesa, Mark Esper, e a substituição por Christopher C. Miller, até agora diretor do Centro Nacional de Antiterrorismo.
No Twitter, promete ganhar os Estados do Wisconsin, onde a vitória foi já atribuída a Biden, e na Geórgia, onde está a decorrer uma recontagem, depois de uma ligeira vantagem do democrata. Trump não reconhece os resultados anunciados pela comunicação social e conta com apoios na cúpula do Partido Republicano, incluindo o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell:
"Nos Estados Unidos, todos os boletins legais têm de ser contados e os ilegais não devem ser contados. O presidente Trump tem toda a legitimidade para investigar alegações de irregularidades e ponderar as ações jurídicas que pode tomar", disse McConnell.
Biden ataca pandemia
Joe Biden começou a trabalhar na transição e anunciou a criação de um grupo de trabalho de 13 pessoas para lutar contra a pandemia de Covid-19. Insiste que é essa a prioridade e não as lutas políticas: "As eleições acabaram. É altura de colocarmos de lado o partidarismo e a retórica que serve para nos demonizarmos uns aos outros. Temos de acabar com a politização de medidas básicas de saúde pública, como o uso da máscara e o distanciamento social", disse Biden.
Joe Biden vai tomar posse em janeiro, mas o caminho para a Casa Branca tem barreiras. O Procurador-Geral William Barr autorizou a justiça a investigar as alegações de fraude eleitoral feitas por Donald Trump, já desmentidas por todos os responsáveis dos Estados em questão, incluindo republicanos.