Arménia entrega parte de Nagorno-Karabakh

À meia-noite de domingo, e como parte do acordo de paz, a Arménia "entregou", oficialmente, parte do território de Nagorno-Karabakh que controlava ao Azerbaijão. Fácil no plano teórico mas difícil de concretizar na prática.
A nova situação obriga os residentes arménios a deixar a terra onde viveram e que os azeris reclamam agora, o reverter de uma situação que estes últimos experienciaram há 30 anos.
A guerra não chegou a Stepanakert, Khankendi para os azeris, mas ficou perto e dezenas de milhares de pessoas, habitantes arménios, foram fugindo à medida que as tropas inimigas avançavam no terreno.
O território não faz parte do acordo firmado entre Arménia e Azerbaijão, com mediação da Rússia, e houve quem nada temesse, como uma idosa, entrevistada pela euronews, que dizia que está na sua casa e que ninguém lhe diz o que fazer.
Mas as pesadas perdas, as vidas sobretudo, que esta guerra trouxe, levaram a que, na semana passada, o governo arménio assumisse que a única opção era assinar o acordo de cessar-fogo enquanto se enterravam os mortos ao lado dos já sepultados durante conflitos anteriores.
Ainda assim, e para muitos aqui, era difícil de aceitar a ordem para cessar as hostilidades porque a vitória estava perto. Um militar arménio, Levon Gevorgyan. diz que iam vencer, ou melhor, que poderiam ter vencido com algum apoio e que as pessoas desta pequena cidade estavam a lutar contra o Azerbaijão, a Turquia, "terroristas de diferentes países", como chama aos adversários.