Moldavos hesitam entre Rússia e Europa

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De  Ricardo FigueiraErnest Bunguri
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País mais pobre da Europa vai a votos na segunda volta das presidenciais.

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Os moldavos vão às urnas para a segunda volta de uma eleição presidencial muito disputada, que coloca frente-a-frente o atual presidente apoiado por Moscovo, Igor Dodon, e uma adversária pró-europeia, Maia Sandu, ex-primeira-ministra e economista do Banco Mundial. Estas eleições são uma reedição do confronto de há quatro anos e vistas como um referendo à atual direção política do país. 

O eleitorado está dividido. Um homem diz que vai, em princípio, votar em Dodon. Não tem a certeza que haja um bom candidato para votar, pois "infelizmente são todos corruptos e por isso não parece haver escolha, mas neste momento é melhor olhar para a Rússia do que para a Europa".

Outra eleitora contrapõe: Vou votar em Maia Sandu contra Igor Dodon, porque durante a campanha eleitoral ele teve um discurso muito misógino, arrogante e rude, que me fez sentir envergonhada, como durante todos os quatro anos que a presidência dele durou. Quero dar esta oportunidade a uma mulher intelectual, numa sociedade que ainda é muito patriarcal".

Na primeira volta, Sandu surpreendeu ao ficar em primeiro, com três pontos e meio de avanço sobre o atual presidente, graças em parte à promessa de dinheiro de Bruxelas. O confronto entre as visões pró-europeísta e pró-russa dura desde a independência, frut do colapso da União Soviética em 1991.

"A escolha dos moldavos, não só aqui no país, mas também daqueles que vivem na Rússia, na Europa Ocidental e noutras partes do mundo, terá consequências muito variadas, não só para o futuro próximo do país, mas para toda a região", diz o correspondente da Euronews em Chisinau, Ernest Bunguri.

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