Espírito natalício fica à porta de Londres

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De  Nara MadeiraTadhg Enright
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Espírito natalício não chega à Black Friday. Restrições e incerteza fazem os londrinos comprar menos no comércio tradicional e mesmo na internet.

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O Natal aproxima-se, a passos largos, mas nas normalmente movimentadas ruas de Londres não se sente o espírito natalício. 

Por enquanto estão abertas apenas as lojas que vendem produtos essenciais e nem a Black Friday parece atrair às lojas muitos compradores. 

As compras fazem-se, sobretudo, pela internet mas com mais reflexão. Uma senhora, entrevistada pela euronews, explica que hoje se conta o dinheiro e que se está "um pouco mais consciente" de que não se pode "gastar tanto" como nos anos anteriores. Outra diz que compras só quando é preciso e que este ano está mais atenta às suas, verdadeiras, necessidades.

Um londrino esclarecia que não ia "comprar só porque é Black Friday", uma jovem dizia que costumava fazê-lo mas que _"_a situação da Covid mudou as pessoas". Acrescenta, em tom de desabafo, que ainda não sente "que é Natal"

"Tento encontrar as melhores ofertas durante todo o ano. Acho que eles aumentam os preços, um pouco, antes da Black Friday para que possam parecer um bom negócio", diz outro londrino.

Este será, não parece haver dúvidas, um Natal diferente de muitos outros. Antes da segunda vaga da pandemia mais da metade dos inquiridos de uma sondagem PricewaterhouseCoopers, mostravam-se interessados em fazer compras na Black Friday, valor que caiu para 38% quando recomeçou o bloqueio.

A mudança sente-se mais entre os compradores mais jovens, 82% dos inquiridos com idades entre os 18 e os 25 anos planeavam fazer comprar, mas com as novas restrições apenas 44% mantiveram a intenção de fazê-lo.

Lisa Hooker, da referida empresa de auditoria, a PWC, explicava que _"a__ntes das novas restrições a confiança do consumidor estava de novo no nível pré-pandemia, porque muitas pessoas economizaram dinheiro, durante o bloqueio, porque não podiam ir de férias nem sair, é por isso que as pessoas pareciam bastante confiantes em poder gastar. _

Mas depois, vieram os novos anúncios e acho que, particularmente, a geração mais jovem, está preocupada com as perspetivas de emprego e dinheiro. Os mais jovens, em termos de emprego, têm sido dos mais tocados e penso que isso significa que a confiança que tinham diminuiu bastante".

A Black Friday já representou multidões frente às lojas hoje vive-se, sobretudo, a azáfama nos centros de distribuição de produtos comprados através da internet. Isto apesar de para os retalhistas, uma parte deles, tentar superar esta crise abrindo, simplesmente, as portas, mais uma vez, é mais importante do que um dia de descontos.

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