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Protestos antirrestrições na Alemanha e em Inglaterra

Protestos antirrestrições na Alemanha e em Inglaterra
Direitos de autor ADAM BERRY/AFP or licensors
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De  Francisco Marques
Publicado a
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Milhares juntaram-se junto à fronteira alemã com a Polónia, onde havia cartazes a descrever a covid-19 como uma conspiração. Em Londres, 155 pessoas acabaram detidas

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Centenas de opositores das restrições anticovid-19 em Londres, Inglaterra, e milhares na pequena cidade alemã de Frankfurt do Óder, em Brandemburgo, colada à fronteira com a Polónia, encenaram dois dos diversos protestos realizados pela Europa contra as imposições dos respetivos governos para tentar conter a epidemia de SARS-CoV-2.

Promovida por um movimento social rebelde denominado "Querdenken", palavra que pode ser traduzida de forma livre como "atravessado", a manifestação no leste da Alemanha juntou cerca de 1.500 pessoas, entre alemães e polacos, a maioria sem usar máscaras e sem respeitar o distanciamento sanitário exigido, apesar da forte presença policial.

Os manifestantes denunciaram as restrições com uma violação dos direitos civis e nalguns cartazes que empunharam defendiam que a epidemia não é mais do que uma conspiração.

Na mesma localidade alemã, onde o município apelou aos residentes para permanecerem em casa, houve também uma pequena manifestação a contrariar as exigências dos negacionistas das medidas contra a epidemia.

Os últimos dados da epidemia na Alemanha, dão conta de mais 158 mortes e quase 15 mil novas infeções registadas às zero horas deste domingo pelo Instituto Robert Koch. No total, o país soma mais de um milhão de casos diagnosticados, incluindo 16.123 mortos no quadro da Covid-19.

Inglaterra

Em Londres, os mesmos ideias negacionistas motivaram centenas de pessoas a juntarem-se e a marchar pela capital britânica, provocando distúrbios no trânsito.

A polícia metropolitana londrina avisou antes e durante o protesto que as manifestações estão proibidas devido ao risco de propagação do SARS-Cov-2. Sem sucesso.

Contra a imposição de restrições e com gritos a pedir "liberdade", o grupo marchou pelo centro da capital britânica, sem respeitar o distanciamento de segurança e apenas em alguns usando máscaras, mas para esconder a identidade.

A polícia acabou por intervir para tentar repor a normal circulação do trânsito no centro da capital. A certa altura avançou mesmo contra os manifestantes.

Pelo menos 155 pessoas terão sido detidas por incumprimento das regras sanitárias ou por ataques a agentes de autoridade. Algumas também por posse de droga, noticia o jornal The Guardian.

Os últimos dados divulgados sobre a epidemia no Reino Unido dão conta do registo de mais 15.871 infeções, das quais 13.323 em Inglaterra. No total do reino, lamenta-se a morte de mais 479 pessoas, incluindo 397 em Inglaterra, a única das quatro nações britânicas onde a epidemia é gerida pelo governo de Boris Johnson.

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