Presidente do Egito visitou Paris para uma reunião com o homólogo francês, onde os Direitos Humanos estiveram em destaque
Os direitos humanos dominaram esta segunda-feira a visita a Paris do Presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sissi.
Em destaque esteve sobretudo a liberdade expressão, que custou recentemente à França uma campanha de ódio pelo mundo muçulmano e que, na opinião de Emmanuel Macron, é um dos direitos humanos em causa no Egito.
O Presidente francês apelou a Al-Sissi pelo fim da repressão política e por mais liberdade de expressão neste aliado africano da Europa às portas do Médio Oriente.
Abdel Fattah Al-Sissi não alinhou com Macron na questão da liberdade de expressão em referências religiosas, como aconteceu no caso do profeta Maomé, que esteve na base dos ataques terroristas ao jornal Charlie Hebdo em 2015 e no recente assassinato de um professor em França.
O Presidente do Egito entende como "sagrada" a supremacia religiosa sobre os valores humanos e lamentou a existência de uma alegada campanha desinformativa contra o Egito.
Defensor de "uma sociedade civil ativa, dinâmica e mais democrática, Emmanuel Macron salientou a libertação recente pelo Egito de três ativistas, lembrou outros, que pedem mais democracia e que continuam detidos no Cairo.
O líder francês disse, no entanto, respeitar a soberania egípcia e não condicionou a esses casos de suposta repressão política pelas autoridades a cooperação económica e de defesa existentes entre França e o Egito.