Irão enforca jornalista

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Direitos de autor Ali Shirband/AP
De  Teresa Bizarro com Agências
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Ruhollah Zam, filho de um clérigo iraniano, esteve exilado uma década em França e o canal que dirigia foi uma das principais fontes de informação dos opositores ao regime do aiatola Ali Khamenei

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Ruhollah Zam, jornalista e editor de um canal de notícias que terá inspirado os protestos de 2017 no Irão, foi enforcado este sábado. A notícia foi divulgada na televisão oficial do Irão que lhe chama "chefe de uma rede e de um canal anti-revolução".

Zam foi condenado à morte com 13 acusações - incluindo corrupção na terra, um crime normalmente imputado em casos de espionagem ou golpe de estado. A sentença foi mais tarde confirmada pelo Supremo Tribunal.

A Organização Repórteres Sem Fronteiras manifesta-se indignada pela execução e aponta o dedo ao aiatola Ali Khamenei como o responsável e lembra que há quase três semanas que avisou as Nações Unidas para o possível desfecho.

O jornalista de 47 anos anos era filho de um clérigo iraniano e esteve uma década no exílio, em França. Regressou ao Irão no ano passado, em circunstâncias não determinadas, altura em que foi preso pelo serviço de informação dos Guardas da Revolução.

Durante os protestos de 2017, o canal da Telegram Amadnews, que editava, chegou a ter mais de um milhão de seguidores. Uma lista de distribuição de informação que foi depois bloqueada pelo Irão. Teerão acusava o ativista e jornalista de incitar à violência.

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