África e Europa mais próximas com aval político ao acordo pós-Cotonou

Concelho de ministros da OSCP à distância
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De  João Peseiro Monteiro
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Conselho de ministros dos países ACP aprova acordo-quadro de parceria com União Europeia. Angola assume presidência da organização em 2022.

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A nova parceria entre a União Europeia e a Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OACPS) recebeu o aval do conselho de ministros dos países membros, um passo importante para o acordo-quadro fechado a 3 de dezembro em Bruxelas.

O chamado acordo Post-Cotonou envolve os 27 estados da UE e as 79 nações ACP: 48 da África subsariana, 16 das Caraíbas e 15 do Oceano Pacífico. A parceria assenta em três pilares: o político, o do desenvolvimento e o comercial e vai ter um impacto na vida de mais de mil e quinhentos milhões de pessoas.

Numa declaração exclusiva à Euronews, o chefe da diplomacia angolana, Téte António, sublinhou um dos pontos importantes do documento:

"O que nós retemos também sobre o acordo são as parcerias regionais, portanto, as parcerias regionais específicas, para ter em conta a realidade de cada região. Como o caso do continente africano, nós temos entre nós, também, acordos multilaterais e praticamente esse acordo cria condições para a competitividade dentro da própria região e a nível multilateral. O acordo chega num momento oportuno, atendendo que a 1 de janeiro vai iniciar a Zona de Comércio Livre Continental Africana."

Angola vai assumir a presidência da Organização em 2022 e o secretário-geral, Georges Chikoti, evocou dois dos pontos que vão estar na agenda:

"Em 2022 não estaremos ainda muito longe pandemia da Covid-19, penso eu que será ainda um tema sobre o qual se pode trabalhar, teremos até lá, provavelmente, concluído com o acordo pós-Cotonou e será o acordo base sobre a nossa cooperação com a União Europeia."

Apesar das relações serem antigas existe ainda uma certa desconfiança. O conselho de ministros da semana passada lavrou um protesto pela inclusão de alguns membros na lista europeia de países terceiros com regimes fracos de luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo.

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