Tibetanos no exílio elegem governo

Centenas de tibetanos acudiram às urnas este domingo na cidade indiana de Dharamsala, na primeira volta das eleições para escolher um novo líder político e renovar assentos do Parlamento no exílio.
Um escrutínio com uma mensagem clara para Pequim, como ficou sublinhado pelas palavras de Lobsang Sangay, que conclui o segundo e último mandato como líder político tibetano: "O Tibete está ocupado, mas os tibetanos no exílio são livres. E, dada a escolha e a oportunidade, preferem a democracia a um sistema autoritário."
Formado em 1959, o executivo tibetano no exílio é eleito por voto popular desde 2011. A sua sede encontra-se em Dharamsala, onde vive a maior comunidade tibetana no exílio, incluíndo o líder espiritual Dalai Lama.
Pequim não reconhece o governo tibetano e acusa o Dalai Lama de tentar separar o Tibete da China.
O líder espiritual nega qualquer intenção separatista e diz defender apenas uma maior autonomia e a proteção da cultura budista do território.