A Organização do Países Produtores de Petróleo aumentou a produção, fixando o corte global em 7,2 milhões de barris dário. Angola, que assumiu a presidência do cartel, recordou a fragilidade das economias africanas o combate aos efeitos da Covid-19, com natural impacto na procura mundial de petróleo
Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e parceiros (OPEP+) chegaram a acordo para aumentar a oferta de mercado em mais 500 mil barris de petróleo, fixando os cortes em 7,2 milhões de barris por dia.
A decisão foi tomada na 13ª Reunião Ministerial da OPEP+ que decorreu a partir de Viena, esta segunda e terça-feira, por videoconferência.
Durante a reunião foram destacados os acontecimentos sem precedentes de 2020 provocados pela pandemia de Covid-19 e o impacto na economia mundial.
Os presentes na reunião lembraram que alguns fatores, como o aumento das infeções, o retorno de medidas de bloqueio mais rígidas e as crescentes incertezas, vão tornar o processo de recuperação das economias mais frágil e por isso mesmo reafirmaram o seu empenho para permitir a contínua estabilidade do mercado e um abastecimento eficiente, económico e seguro aos consumidores permitindo assim um retorno justo do capital investido.
Os próximos ajustes na produção e oferta de petróleo ao mercado para os meses de fevereiro e março serão determinados na próxima reunião ministerial da OPEP+ agendada para 4 de março de 2021, estando previstas reuniões mensais para acompanhar a evolução do mercado.
O Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Azevedo, e agora presidente da Conferência rotativa da OPEP, salientou que, ao contrário de outras economias, os efeitos da atual crise podem ser mais fortes e duradouros, por exemplo, nos países africanos o que terá impacto na procura global de crude.
A próxima reunião do comité de acompanhamento ministerial, para avaliar o desempenho do mercado, está marcada para o dia 3 de fevereiro. Os próximos dias serão decisivos para a procura mundial de petróleo, numa altura em que os confinamentos totais estão a regressar à Europa.