Câmara dos Representantes aprova destituição de Trump

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Direitos de autor Delcia Lopez/AP
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De  Ricardo Figueira
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Processo terá de passar ainda pelo Senado, mas só depois da tomada de posse de Joe Biden.

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Donald Trump entrou para a história como primeiro presidente dos Estados Unidos a ser alvo de dois processos de impugnação. Um ano depois do primeiro processo, a Câmara dos Representantes aprovou agora a destituição de Trump, desta vez por culpa dos acontecimentos no Capitólio.

A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, disse que "Trump é um perigo para o país" e com este ato "cumprem o juramento de defender a Constituição".

Ao contrário do primeiro processo, vários congressistas republicanos viraram-se desta vez contra Trump:

"O papel do presidente nesta insurreição é inegável. Tanto nas redes sociais, no dia seis de janeiro, como no discurso que fez nesse dia, promoveu teorias sem fundamento e criou um ambiente incendiário de desinformação e divisões", disse John Katko, congressista republicano de Nova Iorque. 

O presidente criou um ambiente incendiário de desinformação e divisões.
Jim Jordan
Congressista Republicano (Ohio)

Outros republicanos mantiveram-se fiéis ao presidente. Diz Jim Jordan, do Ohio: "Temos de nos focar em unir esta nação. Em vez disso, os democratas querem impugnar o presidente por uma segunda vez, a uma semana de deixar o cargo. Porquê? Por questões políticas e por quererem boicotar o presidente".

A impugnação de Trump vai passar também pelo Senado, mas só depois de Joe Biden assumir a presidência no dia 20.

Trump publicou um vídeo em que condena a violência, mas não fala do processo de impugnação: 

"Condeno, sem reservas, a violência a que assistimos na semana passada. A violência e o vandalismo não podem ter lugar no nosso país nem no nosso movimento. Fazer da América de novo um grande país tem a ver com defender o Estado de Direito, apoiar os homens e mulheres das forças de segurança e e os valores sagrados e tradições deste país", disse.

Em contagem decrescente para a cerimónia do dia 20, a Guarda Nacional está mobilizada. 20 mil efetivos vão estar de serviço, o que faz com que Washington comece a parecer uma cidade-fortaleza.

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