População obrigada a comprar oxigénio para levar aos familiares internados, a Venezuela já prometeu ajuda
O recolher obrigatório não impediu os cidadãos de Manaus de protestar ruidosamente contra governo de Jair Bolsonaro, que acusam de não fazer o suficiente para enfrentar a falta de oxigénio nos hospitais da região. Uma crise sem precedentes numa das cidades brasileiras mais atingidas pela covid-19 e que levou mesmo a população a tentar resolver o problema pelas próprias mãos, comprando botijas de oxigénio para os familiares internados.
As unidades de saúde fazem o possível, seja através da transferência dos doentes para outras cidades, seja através de ventilação manual, o que sobrecarrega ainda mais os profissionais da saúde.
A ajuda chega também dos países vizinhos, o governo venezuelano, que nem sequer é reconhecido por Jair Bolsonaro, já colocou oxigénio à disposição do estado do Amazonas.
O presidente brasileiro admite que há um problema mas rejeita qualquer culpa no cartório e assegura que o seu governo fez a sua parte.
No resto do país a situação é melhor, mas não muito. Esta sexta-feira o Brasil superou as mil mortes associadas à covid-19 pelo quarto dia consecutivo e registou perto de setenta mil novos casos da doença.