O ladrão francês que conquistou o mundo

Lupin, série francesa
Lupin, série francesa Direitos de autor Euronews/Netflix
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De  Nara Madeira com AFP
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"Lupin" é já a série da Neflix mais vista de sempre.

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"Lupin", série francesa produzida pela Netflix, uma abordagem moderna de um livro sobre a história de um ladrão francês, está a caminho das 70 milhões de visualizações em todo o mundo, no primeiro mês. O personagem principal é inspirado num outro, da literatura francesa do início do século XX, imaginado por Maurice Leblanc.

A neta do escritor, Florence Leblanc, diz que a série é "muito divertida, muito bem feita". Mas acrescenta que, na sua opinião, o primeiro episódio foi "um pouco violento demais. O segundo é mais silencioso, mais no espírito do que escreveu Maurice Leblanc. Mas, obviamente, está modernizado, já não está no seu contexto. Portanto, é difícil comparar. E Omar Sy não é Arsène Lupin. Ele é um concorrente, um admirador de Arsène Lupin e rouba à sua maneira", explica.

Trata-se de um recorde para uma série de televisão gaulesa e o ator principal, Omar Sy, já se congratulou com o feito, nas redes sociais, dizendo-se muito orgulhoso pelo sucesso internacional.

As parecenças entre série e livro podem ser ténues mas isso não impediu que as cópias que restavam da obra, de 1905, voassem das prateleiras das livrarias físicas e virtuais.

Amanda Spiegel, gerente de uma livraria francesa diz terem percebido "rapidamente, que a série impulsionou a venda de livros. O livro que vemos regularmente nas mãos de Omar Sy e do seu filho, na série, está em rutura de stock. Esperamos a reimpressão e, enquanto isso, e aproveitando o facto da série dar um impulso aos jovens, recomendamos uma série de outros livros".

O triunfo de" Lupin" na Netflix, depois do de "La Casa de Papel", ilustra o fim do domínio dos EUA sobre os conteúdos audiovisuais, possibilitado pelo nascimento das plataformas de streaming que trazem produções da Europa, América Latina ou Coreia do Sul para o centro dos pequenos ou grandes ecrãs.

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