Mais de um milhão de pessoas responderam a inquérito levado a cabo pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e os resultados são esclarecedores
É urgente agir para travar as alterações climáticas. É a principal conclusão de um inquérito a mais de 1,2 milhões de pessoas, de 50 países, levado a cabo pelo Programa de Desenvolvimento da ONU. 64% dos inquiridos afirmou estarmos perante uma emergência climática que necessita de ação urgente.
Apesar de algumas variações, a opinião foi transversal a várias gerações, como destacou a conselheira para as Alterações Climáticas do Programa de Desenvolvimento da ONU, Cassie Flynn:
"Não foi uma surpresa que as pessoas mais jovens, em particular os menores de 18 anos, tenham uma melhor perceção da emergência climática e prefiram políticas para resolver esse problema. Mas foi interessante perceber que as restantes gerações não ficaram muito atrás. Mesmo entre as pessoas com mais de 60 anos, o grupo etário mais distante, temos 58% de pessoas que pensam que existe uma emergência climática e é preciso fazer alguma coisa."
Os participantes foram também convidados a indicar algumas soluções para o problema. O inquérito apontava 18 medidas concretas, a mais popular passou pela conservação das florestas e da natureza, escolhida por 54% dos inquiridos, seguindo-se a aposta nas fontes de energia renováveis e na agricultura amiga do ambiente.
O regresso dos Estados Unidos ao Acordo de Paris é seguramente um passo no bom caminho mas está longe de ser suficiente. Aguarda-se com expectativa a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, prevista para novembro na cidade escocesa de Glasgow, e onde os líderes mundiais irão discutir medidas para tentar salvar o planeta.