UE impõe controlo de exportação de vacinas

Embalagem de vacinas para transporte
Embalagem de vacinas para transporte Direitos de autor AP Photo/Mosa'ab Elshamy
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De  Isabel Marques da SilvaAna Lázaro
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A decisão foi tomada no dia em que a Agência Europeia dos Medicamentos aprovou a vacina da Astrazeneca na União Europeia para pessoas maiores de 18 anos e em que a empresa aceitou que o contrato fosse tornado público.

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O diferendo com a farmacêutica britânica Astrazeneca levou a Comissão Europeia a criar um mecanismo de transparência e autorização para a exportação de vacinas contra a Covid-19.

Todas as empresas terão de comunicar detalhes das entregas previstas e se houver desrespeito pelos contratos será proibido o envio a partir do país onde funcionam as fábricas em causa.

“O que queremos garantir é que dispomos da informação necessária e que teremos transparência de agora em diante. Penso que isso é importante e não posso deixar de frisar que a Comissão investiu grandes verbas no desenvolvimento e na produção de vacinas em empresas da União Europeia. Tal foi feito para garantir entregas rápidas após autorização para serem usadas nos cidadãos", disse Stella Kyriakides, comissária europeia da Saúde.

A medida de emergência, anunciada esta sexta-feira, vai estar em vigor de 30 de janeiro até 31 de março, com a Comissão a esperar que ponha fim a diferendos como o que existe com a AstraZeneca.

A empresa britânica pretende entregar apenas 30 milhões dos cerca de 80 milhões de doses prometidas até ao final do primeiro trimestre, alegando problemas na capacidade de produção nas fábricas  nalguns países da União Europeia.

O executivo comunitário considera que os lotes estão a ser desviados para outros clientes, mas esta medida gera preocupação.

"Se começarem a interromper a cadeia de abastecimento pode haver perdas nas entregas a nível generalizado. Visto que estas cadeias de abastecimento são muito delicadas, e que operam além-fronteiras, há todo o interesse em evitar uma guerra de vacinas entre as partes", disse Guntram Wolff, analista no Instituto Bruegel.

A decisão foi tomada no dia em que a Agência Europeia dos Medicamentos aprovou a vacina da Astrazeneca na União Europeia para pessoas maiores de 18 anos e em que a empresa aceitou que o contrato fosse tornado público.

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