Alexei Navalny regressa ao Tribunal

Depois de ter sido condenado a quase três anos de prisão por violar a liberdade de condicional, o principal opositor de Vladimir Putin voltou esta sexta-feira ao tribunal.
Desta vez, Alexei Navalny é acusado de difamar um veterano da Segunda Guerra Mundial que defendeu o referendo que deu mais poderes ao presidente russo.
Durante a audiência, o político e ativista anticorrupção afirmu que este julgamento “é um projeto de relações públicas porque o Kremlin precisa de manchetes”. Navalny disse que o caso é repugnante e acusou o governo de Moscovo de "usar como fantoche um pobre homem indefeso". O ex-combatente de 95 anos participa na sessão através de vídeo-conferência.
Protestos e Detenções
A detenção do líder da oposição, há cerca de duas semanas, provocou grandes protestos na Rússia. Quase quase dez mil detenções.
A comunidade internacional, incluindo a União Europeia, condena a repressão nas ruas e pede a libertação imediata do opositor.
O chefe da diplomacia da União Europeia considerou hoje que as relações entre a Rússia e o bloco europeu atingiram um "ponto muito baixo" por causa da detenção de Alexei Navalny.
"Com toda a certeza, as nossas relações estão severamente tensas e o 'Caso Navalny' é um ponto muito baixo", disse Josep Borrel, numa reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo em Moscovo.