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Marcelo pede "estabilidade sem pântano"

A cerimónia de posse no Parlamento foi reduzida por causa da pandemia
A cerimónia de posse no Parlamento foi reduzida por causa da pandemia Direitos de autor  Armando Franca/AP
Direitos de autor Armando Franca/AP
De Teresa Bizarro com Lusa
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O Presidente português estabeleceu as linhas para os próximos cinco anos numa exigente lista de tarefas para o poder executivo

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Sem um abraço, sem um cumprimento de proximidade e apenas com 40 convidados nas galerias da Assembleia da República - em vez dos 500 de há cinco anos. Alei da pandemia impôs-se no dia em que o "presidente dos afetos" jurou, pela segunda vez, ser o fiel zelador da constituição portuguesa.

No discurso de posse, Marcelo Rebelo de Sousa, explicou sem rodeios o que quer do poder político e executivo.  "Queremos uma democracia que seja ética republicana na limitação dos mandatos, convergência no regime e alternativa clara na governação, estabilidade sem pântano, justiça com segurança, renovação que evite rutura, antecipação que impeça decadência, proximidade que impossibilite deslumbramento, arrogância, abuso do poder. Assegurá-lo é a primeira prioridade do Presidente da República para estes cinco anos", declarou.

Num discurso que olhou sobretudo para o futuro, o presidente português, fez questão de sublinhar que a meta não tem o passado como medida.

"A pandemia fez ressaltar a existência de vários Portugais cada vez mais distantes entre si, todos eles dentro do mesmo Portugal. Urge reconstruir um só Portugal. Queremos mais crescimento e para isso investimento, exportações e mercado interno. Mas queremos, no entanto, mais do que isso, políticas que corrigem o que a liberdade, a concorrência e o mercado, 'de per si', não permitem corrigir, e que se agravou drasticamente com a pandemia", acrescentou.

Reforçando esta mensagem, Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que "reconstruir a vida das pessoas sem a economia a crescer é impossível, mas reconstruí-la só com a economia, sem corrigir as desigualdades existentes, é reconstruir menos para todos, porque sobretudo para alguns privilegiados".

Entregue o caderno de encargos ao governo, o presidente seguiu para Belém onde tem agora um grupo de trabalho para acompanhar de forma dedicada a aplicação do fundo de resiliência europeu.

Sobre os fundos europeus, o Presidente da República apelou a que sejam usados "com clareza estratégica, boa gestão, transparência e eficácia, na resiliência social, na qualificação, na transição energética, no digital, mas nunca esquecendo o que a pandemia desvendou de problemas de fundo, de competitividade, de saúde, de solidariedade social, de sua articulação".

Vaticano e Espanha: Primeiras visitas já marcadas

O chefe de Estado formalizou já o pedido de autorização ao parlamento para reeditar as duas primeiras visitas do mandato anterior (Vaticano e Espanha), assinalando que será recebido pelo Papa dias depois da "histórica visita" ao Iraque.

“Tal como em 2016, o Presidente da República desloca-se esta sexta feira, 12 de março, à Santa Sé, que teve um papel essencial no reconhecimento da independência de Portugal, onde será recebido por Sua Santidade o Papa Francisco, dias depois da sua histórica visita ao Iraque”, lê-se na página oficial na Internet do Palácio de Belém.

Ainda segundo a breve nota, “o Chefe de Estado cumpre também a tradição" e visita, no mesmo dia, a "vizinha e amiga Espanha, onde se encontrará com Sua Majestade o Rei Felipe VI”.

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