Porto de Antuérpia prepara-se para engarrafamento

Porto de Antuérpia
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De  Isabel Marques da SilvaJack Parrock
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Um dos problemas é a capacidade de armazenamento dos bens em trânsito. Fazem-se esforços para que cheguem, no máximo, uma semana antes do embarque, libertando o terminal para os navios que estão a caminho.

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Os portos europeus preparam-se para um engarragamento de porta-contentores que estiveram retidos no Canal do Suez por causa do navio de mercadorias que esteve seis dias encalhado.

O canal é crucial na ligação entre os continentes asiático e europeu. Antuérpia, no norte da Bélgica, tem o segundo maior porto da Europa e o décimo terceiro maior do mundo, esperando cerca de 40 desses navios.

A autoridade portuária confirmou à euronews que continuará a haver, por alguns dias, um alto nível de disrupção, segundo o porta-voz, Lennart Verstappen: “Isto terá um impacto em toda a cadeia de abastecimento porque há que gerir muitos navios que vão chegar ao porto, mas também aqueles que partem deste porto. Antuérpia não é apenas um porto de importação, também é responsável por muita exportação. As nossas mercadorias terão de ser despachadas e é preciso ter espaço e contentores para as embarcar".

Um dos problemas é a capacidade de armazenamento dos bens em trânsito. Fazem-se esforços para que cheguem, no máximo, uma semana antes do embarque, libertando o terminal para os navios que estão a caminho.

Os donos dos cerca de 400 navios que ficaram em fila de espera no Egipto, e que não tiveram danos na carga, não deverão esperar por grandes indemnizações, diz Wouter Colomier, perito na agência seguradora AON Insurance.

"Receio que não haja compensação relativa à carga das embarcações que ficaram à espera no canal. Existe um seguro de carga, obviamente, mas o atraso está tipicamente excluído das coberturas de um seguro de carga", explicou Colomier.

O congestionamento de tráfego terá causado prejuízos de 7600 milhões de euros, por dia, no comércio global, e sobrecarregou as cadeias de abastecimento que há um ano estão a ser pressionadas pelos atrasos derivados da pandemia.

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