A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados decidiram prolongar por mais três meses os atuais níveis de produção. Angola sublinhou a importância da estabilidade do mercado para os produtores africanos.
A OPEP vai manter os níveis de produção de petróleo decididos em dezembro. Os ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados do cartel concordaram esta quinta-feira em manter o ajuste dos níveis de produção para maio, junho e julho, ou seja não deverá ultrapassar os 500 mil barris por dia
A Arábia Saudita vai manter, pelo terceiro mês consecutivo, o corte voluntário na produção de 1 milhão de barris por dia. Uma iniciativa que os restantes países classificaram como “nobre e uma abordagem política prudente”
Para o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino de Azevedo, a perspetiva para a indústria do Petróleo é, atualmente, "bem mais positiva graças", em grande parte, "ao esforço determinado [do cartel e aliados] para estabilizar o mercado global de petróleo e providenciar uma plataforma para a recuperação económica."
O presidente em exercício da organização sublinhou, também, que, do ponto de vista africano, os "países produtores precisam de uma estabilidade sustentada do mercado que permita à indústria crescer e assim apoiar a resiliência das economias africanas."
Desde abril de 2020 os países produtores retiraram do mercado cerca de 2,6 milhões de barris de petróleo
A OPEP considera que o corte contribuiu significativamente para acelerar o reequilíbrio do mercado, permitindo que o preço do petróleo subisse acima dos 70 dólares por barril em março, como registado antes da pandemia.