Opositor de Vladimir Putin aparece pela primeira vez em tribunal após 24 dias de greve de fome para se defender mais mais uma acusação.
As autoridades russas apertam o cerco a Alexei Navalny e aos seus apoiantes.
O opositor de Vladimir Putin apareceu em tribunal, por videoconferência a partir da prisão.
Visivelmente mais fraco e abatido, Navalny rejeitou as acusações de um novo caso, onde é acusado de difamar um veterano da Segunda Guerra Mundial.
Entretanto os tribunais russos impuseram severas restrições à atividade do Fundo de Luta Contra a Corrupção de Alexei Navalny, incluindo a proibição de publicar na internet, organizar manifestações ou participar em eleições.
Caso a justiça considere a Fundação Anticorrupção "extremista", os ativistas ligados ao trabalho de Navalny poderão ser detidos e as contas bancárias do movimento congeladas.
A próxima audiência ocorre no dia 17 de maio.
O advogado Ivan Pavlov, afirma que "dizer que a Fundação Anticorrupção é uma organização extremista é dizer que a luta contra a corrupção prejudica, agora, a segurança nacional da Rússia".
Com a pressão das autoridades cada vez mais forte, os aliados de Alexei Navalny anunciaram que vão desmantelar a sua rede de gabinetes de campanha.
Numa mensagem, numa rede social, Leonid Volkov, um dos mais próximos colaboradores do rival de Vladimir Putin, afirmou que manter a rede de sedes de trabalho de Navalny, na sua forma atual é impossível.
Volkov está confiante de que as sementes de liberdade, que semearam nos últimos quatro anos, em toda a Rússia "irão germinar." A rede de sedes do trabalho de Navalny pode deixar de existir, "mas existem dezenas de políticos regionais poderosos e duros. Se tiverem milhares de apoiantes, existirão organizações políticas fortes e independentes que se envolverão em investigações e eleições, campanhas públicas e comícios".
Sabe-se, ainda, que foi instaurado um novo processo judicial contra Alexei Navalny e dois colaboradores sob a acusação de criarem uma organização que infringe os direitos das pessoas, um delito criminoso punível com até quatro anos de prisão.