França aposta nas energias renováveis e na mobilidade verde

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França aposta nas energias renováveis e na mobilidade verde. O plano francês para relançar a economia dá prioridade ao setor ferroviário e à transição digital

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"France Relance" é o nome dado por Paris ao plano de recuperação para enfrentar as consequências da pandemia e já apresentado à Comissão Europeia.

O conjunto da estratégia está avaliado em 100 mil milhões de euros.

O governo francês conta com auxílio europeu no valor de 40,9 mil milhões de euros em subsídios provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência.

Para acederem aos fundos, os estados-membros têm que consagrar 37% das despesas em favor do clima e 20% para a transição digital.

A fim de convencer a Comissão Europeia, a França foi mais além e consagra cerca de 50% dos fundos ao meio-ambiente e 25% à economia digital.

Paris aposta nas energias renováveis e na mobilidade verde.

"Por exemplo, Paris insiste no setor ferroviário enquanto que na Alemanha o enfoque é nos veículos eléctricos, as viaturas eléctricas, algo mais em linha com a indústria alemã. paris por seu lado, aposta nos caminhos-de-ferro, todos conhecem a importância do TGV em França. É algo sobre o qual eles insistem", afirma o investigador do Instituto Bruegel, Grégory Claeys.

Paris demarca-se assim de outros estados-membros pois o governo acrescenta um lado de coesão e de formação à sua estratégia.

"Trata-se de uma especificidade francesa. Não vi nada como isso nos outros planos, um parte destinada à formação. Parece-me ser útil, porque se queremos iniciar uma transição verde, uma transição digital, isso implica uma grande muita formação e mudanças de emprego que vão ocorrer nomeadamente com a transição verde", adianta o investigador.

Trata-se de uma estratégia que vai de mãos dadas com reformas estruturais no país.

A nova estratégia contudo não marca uma rutura mas sim uma continuidade nos compromissos já assumidos pelo governo francês tais como, por exemplo, revisão do seguro de desemprego que foi susepnsa devido à pandemia.

O anúncio do novo plano tem lugar quando falta um ano para as eleições presidenciais.
O documento é também um roteiro eleitoral para o presidente cessante.

"Este plano é também um plano de comunicação a todos os franceses para mostrar que a França conseguiu influenciar as decisões nível europeu, que Foi um dos grandes argumentos do programa de Emmanuel Macron nas últimas eleições presidenciais e será seguramente um dos elementos que irá destacar antes das próximas eleições presidenciais", conclui Grégory Claeys.

Ainda assim, Emmanuel Macron poderá não recolher todos os benefícios desta estratégia.
Os primeiros fundos serão disponibilizados já nos próximos meses mas os principais financiamentos europeus estarão apenas disponíveis a partir de 2023.

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