"Guerra da pesca" na ilha de Jersey

Os pescadores franceses que se concentraram, esta manhã, em frente ao porto de Saint-Hélier, na capital da ilha de Jersey, no Canal da Mancha, começaram a desmobilizar.
As reivindicações do protesto mantêm-se. Têm como pando de fundo as condições de pesca pós-"Brexit."
O Reino Unido e França chegaram mesmo a enviar barcos patrulha para o local para monitorizar a tensão.
A União Europeia apelou à calma e ao diálogo para resolver o impasse.
"Continuamos o diálogo com o Reino Unido. Apelamos à calma nesta situação. Estamos a fazer o que está previsto no acordo, bem como a ter em linha de conta os melhores interesses da nossa comunidade piscatória", sublinhou a porta-voz da União Europeia Vivian Loonela.
Os pescadores falam num movimento pacífico e o Reino Unido descreveu as manobras dos barcos patrulha como sendo meramente preventivas.
A tensão subiu de tom depois de a ilha ter adotado novos requisitos, exigindo aos pescadores a apresentação de provas de atividades piscatórias anteriores para poderem receber uma licença de pesca nas águas de Jersey.
As medidas estabeleceram novas normas limite para as águas próximas de Jersey que definem, de acordo com as autoridades francesas, onde é que os barcos podem ir bem como o número de dias que os pescadores podem passar no mar e o tipo de equipamento.
França, que ameaçou corta a eletricidade à ilha dependente da Coroa britânica, considera que as normas não são vinculativas porque o Reino Unido não só não notificou a Comissão Europeia como também não fazem parte do acordo de pesca negociado ao abrigo do "Brexit."