UE poderá enviar missão de treino militar para Moçambique

Josep Borrell
Josep Borrell Direitos de autor JOHN THYS / POOL/EPA
Direitos de autor JOHN THYS / POOL/EPA
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Josep Borrel: "A UE vai tentar enviar, o mais depressa possível, uma missão de treino militar para Moçambique", que luta contra a insurreição islâmica

PUBLICIDADE

O Alto Representante da Política Externa da UE, Josep Borrell, disse, esta quinta-feira, que espera que a União Europeia possa enviar uma missão de treino militar para Moçambique "o mais depressa possível" para ajudar as autoridades de Maputo, confrontadas com uma insurreição jihadista.

"Será uma missão militar e Portugal já ofereceu metade do contingente. De facto, Portugal já enviou antecipadamente instrutores militares, mas esta missão portuguesa tem de ser considerada como um avanço e estes elementos serão integrados na missão de formação da União Europeia se, finalmente, chegarmos a acordo sobre isso".

Borrel acrescentou: "A vontade política existe e, com uma forte contribuição de Portugal, espero que os outros Estados-membros possam complementar toda a força".

Também a África do Sul se mostra disponível para prestar assistência em Moçambique. A força de reserva do país está pronta para avançar se for solicitada por organismos continentais e regionais, garantiu o presidente, Cyril Ramaphosa, no parlamento:

"Quando formos chamados a integrar uma força de reserva, a África do Sul estará sempre pronta a cumprir as nossas próprias obrigações continentais e regionais, mas agindo sempre em consonância com os nossos organismos regionais ou continentais".

A insurreição jihadista no norte de Moçambique, começou há três anos, com escalada da violência desde aí. No dia 24 de março dezenas de pessoas foram mortas na cidade costeira de Palma e milhares foram obrigadas a fugir.

A Situação é preocupante. Maputo não tem meios suficientes para responder aos ataques dos grupos que querem estabelecer um Estado Islâmico, na província de Cabo Delgado.

Os governos português e moçambicano assinam na segunda-feira, 10 de maio, em Lisboa, o Programa-Quadro da Cooperação no Domínio da Defesa 2021-2026, entre os dois países, que prevê o treino das forças especiais de Moçambique por militares portugueses. O documento será assinado pelos ministros da Defesa dos dois países.

Na União Europeia, o impulso para uma missão militar de assistência a Moçambique surgiu quando os ministros da Defesa da UE relançaram um debate sobre o reforço das capacidades do bloco para responder rapidamente a crises, incluindo uma proposta preliminar para criar uma força de reação rápida de 5.000 homens.

A iniciativa continua a ser encarada com relutância por alguns Estados-membros, como a Alemanha.

Há décadas que o debate sobre o papel que Bruxelas e os países da UE -a maioria dos quais são também aliados da NATO - deveriam desempenhar na defesa se mantém. Os 27 têm estado sempre relutantes em acordar em integrar as medidas necessárias.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

União Europeia ameaça suspender TikTok Lite devido ao risco de dependência nos jovens

Eleições europeias: campanha eleitoral abre oficialmente em Itália com apresentação dos logótipos

Despesas militares na Europa mais elevadas do que no final da Guerra Fria