Parlamento Europeu lança alerta à Turquia

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Parlamento Europeu lança alerta à Turquia. O mais recente relatório denuncia o recuo dos valores europeus e de estado de direito no país

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Um mês decorrido após o que ficou conhecido como o incidente diplomático do sofá, ou "sofagate",  ter abalado as relações entre a UE e a Turquia, o parlamento europeu enviou um alerta sério a Ancara.

 O mais recente relatório é o documento mais crítico publicado a nível europeu. 

O documento afirma que Turquia se afastou dos valores europeus e continua a perder terreno no estado de direito.

O autor do relatório instou o presidente Erdogan a mudar o rumo ou a enfrentar consequências nas negociações aduaneiras.

"Uma vez que o processo de adesão não está a levar a reformas democráticas, o parlamento europeu está empenhado em incluir a condicionalidade democrática em todos os aspetos da nossa relação. Isso significa a nossa união aduaneira. Estamos preparados para falar mas do lado do Parlamento Europeu queremos condicionalidade democrática no debate sobre a união aduaneira", afirmou Nacho Sánchez Amor, eurodeputado do grupo dos S&D (Socialistas e Democratas). 

Segundo o documento, nos últimos dois anos a oposição turca foi alvo de numerosos ataques, incluindo pela imprensa. 

No entanto, apesar do autoritarismo do presidente Erdogan, a Turquia ainda é um país candidato à União Europeia. 

Se o atual rumo não for invertido, as conversações de adesão deveriam ser formalmente suspensas, afirma o relatório. 

Os adeptos da suspensão imediata têm vindo a crescer mas alguns eurodeputados insistem no diálogo.

É o caso do presidente do maior grupo parlamentar, Manfred Weber, do PPE.

"Para mim, enquanto líder do PPE, é claro que a Turquia não pode ser membro da União Europeia. Precisamos de uma parceria especial de boa vizinhança. É isso que temos que alcançar, em que temos que trabalhar. Mas nas circunstâncias correntes precisamos um do outro. É por isso que as conversações atuais devem servir para desenvolver e melhorar a situação", adianta o eurodeputado alemão.

O documento realça ainda que a Turquia é um parceiro-chave da UE no campo da segurança e das  migrações.

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