Os protestos contra o governo colombiano, que, esta sexta-feira, encheram as ruas de Cali resultaram em pelo menos quatro mortos. Exército foi destacado para a cidade, que se encontra em estado de emergência.
Pelo menos quatro pessoas morreram, esta sexta-feira, em Cali, na Colômbia, na sequência de confrontos contra as forças de segurança.
O país vive há um mês mergulhado em protestos antigovernamentais que resultaram, até ao momento, em quase 50 mortes.
Cali, epicentro da contestação está desde esta semana sob estado de emergência. E nas ruas, o exército juntou-se já á polícia para conter as manifestações. O presidente Ivan Duque anunciou que a medida entrou em vigor na noite de sexta-feira e que a "assistência militar à polícia nacional" se estende à cidade e ao departamento de Valle".
Na periferia de Bogotá, um canhão de água tentou deter os manifestantes, que responderam lançando pedras e se queixam da brutalidade policial, exigindo liberdade para se manifestar.
De cara tapada, para não revelar a identidade, um dos participantes diz que estão "cansados de tanta injustiça por parte deste governo", que alega ser "corrupto" e "de tanta desigualdade"
Os colombianos saíram à rua pela primeira vez a 28 de abril contra uma proposta de aumento de impostos, sobretudo depois da crise gerada pela pandemia.
A medida foi retirada, mas não impediu consecutivas demonstrações de desagrado por parte da população, agora também indignada com a violência das forças de segurança. Também a comunidade internacional já condenou a repressão policial no país.