Cientistas usam drone subaquático para identificar as zonas afetadas.
As explosões controladas costumam ser a forma mais segura de neutralizar pedaços de armas, perdidas ou atiradas intencionalmente para o fundo do mar.
Não há números exatos, mas, estima-se que nas zonas alemãs do Mar do Norte e do Mar Báltico haja cerca de um milhão e oitocentas mil de toneladas métricas de armamento convencional e químico.
Calcula-se que pelo menos 50 mil toneladas de armas químicas tenham sido atiradas para o Mar Báltico desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Venenos mortais como gás mostarda, gás lacrimogéneo e agentes nervosos e asfixiantes estão a ser libertados no Mar Báltico que já é considerado como um dos ecossistemas marinhos mais poluídos do mundo.
"É uma combinação de explosivos convencionais, como o TNT, e armas químicas. Aqui temos uma enorme quantidade de material explosivo, e esse material explosivo é genotóxico, citotóxico e cancerígeno. Todos esses compostos são bastante tóxicos e essa é a principal preocupação", sublinhou Aaron Beck, investigador da GEOMAR, em Kiel, na Alemanha.
Drone subaquático estuda armas no fundo do mar
Graças a um drone subaquático os investigadores estão a analisar um aterro marinho perto da cidade alemã de Kiel. Uma área onde há cerca de 30 mil toneladas de minas enferrujadas, bombas aéreas, pedaços de torpedo e de outras munições.
"Sabemos que os produtos químicos saem das munições e penetram nos organismos. Há uma possibilidade elevada de contaminarem o peixe. Os seres humanos podem ficar expostos a essa poluição mas não sabemos muito sobre esse aspeto", acrescentou o investigador.
Para já, os cientistas da GEOMAR estão a mapear as lixeiras tóxicas para depois encontrar a melhor forma de eliminá-las sem perigo.