O escritório da ONU, na província de Herat, foi incendiado. Porta-voz dos Talibãs diz que foi apanhado no fogo cruzado.
Intensificam-se os combates no Afeganistão com uma luta feroz entre talibãs e forças governamentais pelo controlo de importantes cidades.
Um escritório da ONU, na província de Herat, no oeste do Afeganistão, foi incendiado na sexta-feira e um dos seus guardas foi morto. Uma situação que aconteceu enquanto os talibãs e as forças afegãs travavam batalhas ferozes na área.
Uma informação avançada pelas Nações Unidas, que está em "contacto com as partes relevantes" para tentar perceber porque acabou debaixo de fogo.
A porta-vos do secretário-geral da ONU explicava que a representante especial deste órgão para o Afeganistão e chefe da missão no país era clara: os responsáveis devem ser "identificados" e "responsabilizados". Referindo que Deborah Lyons enviava condolências à família do polícia morto e desejava uma rápida recuperação aos feridos.
Eri Kaneko acrescentava que os ataques contra quem trabalha para a ONU, civis ou não, "estão proibidos pelo direito internacional e podem equivaler a crimes de guerra".
O porta-voz dos Talibãs, Qari Yousuf Ahmadi, afirmava que o escritório da ONU foi apanhado no fogo cruzado, mas que está "seguro".
Com a retirada das últimas tropas dos EUA e da NATO do país os combates intensificaram-se. Nos últimos meses, os Talibãs fizeram dezenas de invasões e ocuparam vários postos fronteiriços estratégicos, num país devastado pela guerra.