Um ano após a explosão, a ferida mantém-se aberta em Beirute

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Um ano após a explosão em Beirute, milhares de pessoas continuam desalojadas; o país afunda-se na crise económica e a investigação não avança

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Foi a 4 de agosto de 2020 que Beirute viveu a explosão devastadora na zona portuária, que matou mais de 200 pessoas, deixou feridas mais de seis mil e arrasou bairros inteiros deixando 300 mil desalojados.

Um ano depois, a ferida continua aberta no coração de Beirute e do Líbano e estima-se que milhares de pessoas ainda se encontrem sem abrigo na cidade. E o agravamento da crise económica torna mais difícil para alguns a procura de novas habitações.

Incapaz de se reformular e lidar com a crise, o governo libanês tem dependido fortemente das ONG's, da sociedade civil e do setor privado, na resposta às necessidades do país.

Nem a tragédia conseguiu unir as diferentes fações libanesas. Foram já três as tentativas de formar um governo que se comprometa a fazer uma investigação independente.

Desde 26 de julho, a tarefa está nas mãos do milionário Najib Mikati que já avisou que sozinho não vai poder fazer milagres.

Mas o Líbano não tem estado sozinho. Uma primeira conferência de doadores conseguiu juntar 280 milhões de euros. Uma ajuda condicionada a uma investigação transparente e à distribuição dos fundos pelas populações necessitadas.

Mas a alegada corrupção na nação, que já lutava financeira e politicamente antes da explosão, obrigou as agências humanitárias a intervirem para fornecer o mínimo necessário, incluindo dinheiro para ajudar alguns a pagar os preços dos alimentos que dispararam.

Lynn Maalouf, a sub-diretora da Amnistia Internacional para o Médio Oriente e Norte de África é muito direta ao afirmar que "as autoridades libanesas prometeram uma investigação transparente mas em vez disso têm bloqueado descaradamente e emperrado a justiça a cada passo".

O presidente francês, Emmanuel Macron, que visitou Beirute dois dias após a explosão e tudo fez com a ONU para angariar fundos para o Líbano, recebe agora em Paris uma nova conferência de doadores.

Uma prova de que o mundo continua disposto a ajudar os libaneses, assim os líderes do Líbano se disponham a gerir com equidade e transparência essa ajuda.

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