Dezenas de bielorrussos protestam, na Ucrânia, contra a morte do líder da oposição Vitaly Shishov e acusam regime de Minsk
Dezenas de pessoas reuniram-se, terça-feira à tarde, em frente à embaixada da Bielorrússia em Kiev, na Ucrânia, em protesto contra o assassinato do líder da oposição, no exílio, Vitaly Shishov.
Para estes manifestantes, Shishov foi assassinado pelas forças do Governo de Alexander Lukashenko.
O chefe de Estado bielorrusso lançou uma ampla operação de repressão contra os líderes da oposição, e é acusado de iniciar uma campanha para eliminar os seus membros no estrangeiro.
O chefe da Casa bielorrussa na Ucrânia, Yuryi Shchuchko, apontou o dedo ao regime de Minsk.
"Isto foi uma execução. Uma execução nojenta e vil de uma pessoa que merece mais do que qualquer uma daquelas pessoas que servem o regime de Alexander Lukashenko... Vou repetir que foi uma execução que serviu para intimidar todas as pessoas ativas na Ucrânia".
Vitaly Shishov fugiu da Bielorrússia para a Ucrânia, no ano passado, depois dos protestos contra o Presidente Lukashenko por causa das eleições presidenciais. Este opositor liderou uma organização baseada em Kiev que ajuda os bielorrussos a fugir da perseguição.
Shishov confessou a amigos que se sentia sob vigilância constante, desde que deixou a Bielorrússia, e que tinha sido avisado sobre possíveis ameaças, incluindo ser raptado ou morto.
Foi dado como desaparecido pela namorada, na segunda-feira, depois de não ter regressado a casa após uma corrida.
Ucrânia, Polónia e Lituânia tornaram-se locais seguros para os bielorrussos que se opõem a Alexander Lukashenko.
Dezenas de milhares de pessoas foram detidas e importantes figuras da oposição estão ou na prisão ou a viver no exílio, no estrangeiro.