Ofensiva dos talibãs causou mais de 3 milhões de deslocados no país
As Nações Unidas pedem aos países vizinhos do Afeganistão para manterem as fronteiras abertas a possíveis refugiados, numa altura em que o número de civis que fogem dos talibãs aumenta rapidamente.
Em cerca de uma semana, os rebeldes assumiram o controlo de metade das 34 capitais de província. Milhares de afegãos chegaram a Cabul. A capital é vista como o último refúgio seguro do país.
Tomson Phiri, o porta-voz do Programa Alimentar Mundial, sublinha que “o conflito acelerou mais rápido do que todos esperavam e afirma que a situação tem todas as marcas de uma catástrofe humanitária".
A Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) alerta para o custo humano dos conflitos em espiral. A porta-voz da agência diz que sem um significativo decréscimo da violência, “o Afeganistão pode testemunhar o maior número de baixas civis anuais, desde que os registos da ONU começaram. Shabia Mantoo lembra que, desde maio, há 250 mil deslocados no país, e entre eles 80% são mulheres e crianças
Segundo os dados das Nações Unidas, no último mês foram mortos mais de mil civis no Afeganistão. A ofensiva dos talibãs já provocou 3,3 milhões de deslocados no país.