Na Alemanha, as organizações ambientais protestam, ao mesmo tempo que aumentam as emissões de CO2 no país.
Em Berlim, os ativistas pelo clima deram início a uma semana de manifestações, ao bloquearem ruas perto do Bundestag e da porta de Brandemburgo.
Esta série de ações, que vão durar toda a semana e se estendem a outras cidades alemãs, coincide com aquele que se prevê que será o maior aumento nas emissões de gases com efeito de estufa nos últimos trinta anos. A Alemanha tinha-se comprometido a reduzir as emissões em 40%, relativamente aos níveis de 1990, mas esse objetivo, este ano, foi revisto para os 37%.
O relatório, feito pela ONG Agora Energiewende mostra também um aumento no consumo de combustíveis fósseis nos setores da construção, da indústria e dos transportes. O governo continua a ter como objetivo a redução das emissões para um nível próximo do zero em 2045.
"Os ativistas querem fazer ver o seu ponto de vista: O tempo acabou e as coisas têm de mudar rapidamente. A Alemanha tem de deixar de produzir energia a partir do carvão, mudar a forma de usar os automóveis e as deslocações dentro do país. O país tem de mudar na essência para parar esta crise climática. É essa a mensagem que os ativistas quiseram fazer passar. Por isso, começaram esta semana de desobediência civil e de ações diretas, como a ocupação de ruas, como aconteceu aqui em Berlim. O movimento vai culminar na sexta-feira com uma grande manifestação e, que se esperam dezenas de milhares de pessoas nas ruas da cidade. Este é apenas o início da semana", conta o correspondente da Euronews em Berlim, Jona Källgren.