Haiti desespera por ajuda humanitária

Milhares de desalojados e buscas que não cessam entre os escombros marcam atualmente a paisagem do sudoeste do Haiti, depois do terramoto de 7,2 na escala de Richter, que, este sábado abalou o país.Pelas contas da Proteção Civil, além dos quase 2189 mortos, o país conta já com 12 mil feridos e 332 desaparecidos.
Prestar ajuda humanitária em segurança às centenas de milhares de pessoas afetadas, algumas em áreas remotas, é um dos grandes desafios.
Em Les Cayes, onde tudo falta por estes dias, a demora na chegada de ajuda, que parece sempre escassa, deixa entre a população uma sensação de abandono.
A falta de meios sente-se sobretudo nos hospitais das áreas mais atingidas. As associações humanitárias no terreno destacam a urgência de equipamento médico.
Uma organização estrangeira há quase três décadas no país contou, no entanto, à agência de notícias Associated Press que o governo recusou a assistência de centenas de médicos voluntários.
A falta de alimentos é outra preocupação, depois de o terramoto de sábado ter destruído fontes de comida e rendimento para grande parte da população.
Relatos dão também conta de pessoas aglomeradas perto de edifícios em ruínas. Sem sítio onde dormir, exigem acesso a materiais para fazer abrigos.
O cenário é já de grande devastação, mas só quando todos os acessos às zonas remotas forem limpos é que será possível ter uma noção da total extensão da catástrofe.