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Polícia queniano desaparecido no Haiti pode ter sido raptado por gangues

Um agente da polícia queniana patrulha uma área no bairro de Kenscoff, em Port-au-Prince, Haiti, a 13 de fevereiro de 2025.
Um agente da polícia queniana patrulha uma área no bairro de Kenscoff, em Port-au-Prince, Haiti, a 13 de fevereiro de 2025. Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Rory Sullivan
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O desaparecimento ocorre um mês depois de outro polícia queniano ter sido morto no Haiti enquando trabalhava para a mesma força de segurança internacional.

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Um agente da polícia queniana que trabalhava para uma missão internacional de segurança no Haiti está desaparecido, depois de ter sido vítima de uma emboscada de alegados membros de gangues, juntamente com os colegas, durante uma ação de patrulhamento.

O incidente ocorreu na tarde de terça-feira, na cidade de Pont-Sonde, quando um veículo da polícia haitiana ficou preso numa vala "que se suspeita ter sido deliberadamente escavada por gangues", informou a Missão Multinacional de Apoio à Segurança no Haiti (MSS) num comunicado.

Os agentes da MSS, que foram enviados para ajudar os seus colegas haitianos, depararam-se também com dificuldades.

Um dos veículos estava preso enquanto o outro teve um problema mecânico, de acordo com a MSS, que acrescentou que as "equipas especializadas foram destacadas" para procurar o polícia queniano desaparecido.

Os meios de comunicação social haitianos afirmaram que o agente tinha sido morto durante a operação, mas não foi dada qualquer confirmação oficial.

A MSS, liderada pelo Quénia, foi estabelecida no ano passado, com o objetivo de ajudar as autoridades haitianas a reprimir os grupos armados que controlam atualmente cerca de 85% da capital, Port-au-Prince.

Cerca de 800 agentes da polícia queniana foram destacados para o país das Caraíbas desde junho.

Em fevereiro, um agente queniano foi baleado e morto pelos gangues armados. O seu corpo foi enterrado no Quénia na semana passada.

Os políticos da oposição no Quénia apelaram a que a MSS tivesse melhores equipamentos. No entanto, alguns dos fundos da missão foram recentemente congelados, devido aos cortes feitos pelo presidente dos EUA, Donald Trump, nos programas de assistência externa.

De acordo com a ONU, mais de um milhão de pessoas ficaram sem casa no Haiti nos últimos anos devido à violência dos gangues.

William O'Neill, especialista em direitos humanos da ONU para o Haiti, que visitou recentemente o país caribenho, instou o país a aumentar a sua força policial.

"Estes grupos criminosos violentos continuam a alargar e a consolidar o seu domínio mesmo para além da capital", disse ele sobre os gangues.

"Eles matam, violam, aterrorizam, incendeiam casas, orfanatos, escolas, hospitais e locais de culto", explicou O'Neill.

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