"Guerra fria" no leste da Europa

Tanques de Polónia, Itália, Canadá e Estados Unidos em exercícios na Letónia
Tanques de Polónia, Itália, Canadá e Estados Unidos em exercícios na Letónia Direitos de autor AP Photo/Roman Koksarov
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De  Francisco Marques
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Exercícios militares da Polónia e da NATO em simultâneo com a operação "Zapad 2021" inquietam presidente da Bielorrússia e Moscovo

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"Os países do Báltico, a Polónia e a Ucrânia estão a reagir com nervosismo aos exercícios militares 'Zapad 2021' da Rússia e da Bielorrússia", considerou o presidente Aleksander Lukashenko, esta quinta-feira, numa reunião no Conselho de Segurança Coletiva, liderado pela Rússia.

O presidente bielorrussos justificou os exercícios "Zapad" com a crescente pressão da NATO na região, num novo género de "guerra fria" no leste da Europa, onde se concentram forças militares em exercícios de afirmação bélica sem registo de quaisquer confrontos salvo no conflito separatista pró-russo na Ucrânia.

Já a Polónia, que além de participar em exercícios militares conjuntos com outras nações aliadas também iniciou na semana passada uma operação interna de exercícios militares perto da fronteira com a Bielorrússia, só tem uma preocupação: "manter a Polónia os polacos seguros".

"Foi por isso que movemos as tropas", explicou o ministro da Defesa da Polónia, Mariusz Blaszczak, em declarações difundidas esta mesma quinta-feira pela televisão polaca.

Pelas redes sociais, o ministro Blaszczack acrescentou que "uma resposta eficaz às ameaças é fortalecer as capacidades de defesa", referindo aos diversos pontos do leste do país onde "milhares de soldados estão a exercitar-se" para "oferecer segurança" à Polónia.

A Polónia deslocou vários batalhões do ocidente e do sul para posições no leste do país, próximas da fronteira com a Ucrânia e a Bielorrússia, para a realização de exercícios militares, mas a movimentação é vista em Moscovo e Minsk como retaliação à operação "Zapad", que terminou esta quinta-feira.

Para Lukashenko, estas manobras polacas assim como as da NATO na Ucrânia e noutros países do leste da Europa, podem ser muitas coisa menos defensivas.

"Nós realizamos exercícios no nosso território enquanto os americanos fazem milhares de quilómetros para realizar exercícios na Ucrânia, que dizem ser defensivos. De quem estão eles a defender-se?", questionou Lukashenko, citado pela agência bielorussa Belta.

Outras fontes • TASS, TVP

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