Os líderes do SPD, da CDU e dos Verdes debateram pela terceira vez com vista às eleições do próximo domingo.
Os impostos e os temas sociais foram o tema do terceiro e último debate entre os três principais candidatos a suceder a Angela Merkel como chanceler da Alemanha, nas eleições marcadas para este domingo que representam o fim de uma era que durou 16 anos.
O SPD, de centro-esquerda, é dado como favorito. O líder Olaf Scholz e o novo homem forte da CDU, de centro-direita, Armin Laschet, trocaram argumentos.
"Queremos aliviar as pessoas com muito baixos rendimentos. Por isso é justo dizer que quem ganhe, por exemplo, aquilo que eu ganho enquanto ministro federal, deveria pagar mais impostos", disse Scholz.
Armin Laschet, que sucedeu a Merkel no comando da CDU, rebate este argumento: "Pensa que subir os impostos vai trazer mais dinheiro, mas tivemos a experiência oposta antes da pandemia. Uma vez que a economia cresceu e havia muita gente empregada, o Estado acabou por coletar mais dinheiro, disse.
Annalena Baerbock, líder dos Verdes, que as sondagens colocam no terceiro lugar, pôs a tónica no combate à pobreza infantil e às alterações climáticas.
"Defendo uma verdadeira mudança, que não faça as coisas pela metade no que toca às alterações climáticas, uma política que ponha as crianças e as famílias no centro e uma política externa que seja guiada pelos direitos humanos, no coração da Europa", explicou.
Tal como tem acontecido nas últimas eleições, a grande distribuição dos votos entre os vários partidos significa que a composição do próximo governo federal vai depender muito dos acordos pós-eleitorais que forem criados. Mais uma vez, o governo será, com quase toda a certeza, formado por uma coligação de dois ou mesmo três partidos.