Exposição em Weimar tenta inverter esquecimento histórico
Dörte Helm foi uma das muitas mulheres de talento que passaram pela Bauhaus, a revolucionária escola alemã de arquitetura. E, no entanto, os seus nomes são hoje amplamente... desconhecidos. Há agora uma exposição na cidade de Weimar para tentar repor a verdade histórica.
"Muitas delas tiveram destinos trágicos, no início do século 20. Estamos a tentar reparar o esquecimento a que foram votadas", explica a co-curadora Anke Blümm.
Nenhuma das alunas da Bauhaus viu o fim da Segunda Guerra Mundial. Algumas foram perseguidas pelo regime nazi por serem judias ou comunistas, outras apanhadas na purga estalinista. Os colegas masculinos foram ocupando todas as páginas dos livros escolares.
"Quando olhamos para as obras, é notável o incrível talento que distinguiu estas mulheres. Elas não tiveram a oportunidade de se expressar plenamente, para que fossem reconhecidas como artistas nos dias de hoje. E queremos tentar compensar um pouco esse facto, olhando para a sua existência", afirma Patrick Rössler, co-curador.
Foram cerca de 460 mulheres a frequentar a Bauhaus. Só foi possível, até agora, reconstituir os dados biográficos de apenas dois terços dessas estudantes.