Do camião para a ferrovia, transporte intermodal nos Alpes reduz C02

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De  Aurora Velezeuronews
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Nos Alpes, um projeto europeu promove o transbordo das mercadorias dos camiões para o comboio. Um sistema inovador permite a compatibilidade entre os reboques e a ferrovia. Resultado: menos CO2, menos ruído, menos engarrafamentos.

Os Alpes são uma etapa essencial para o transporte de mercadorias. Mas o tráfego rodoviário gera ruído, poluição e engarrafamentos. Uma iniciativa europeia propõe como solução o transbordo das mercadorias dos camiões para a ferrovia.

O projecto europeu Alpinnoct (Alpine Innovation for Combined Transport) pretende reforçar a eficiência do chamado Transporte Combinado. Na prática, trata-se de usar dois tipos de transporte para a mesma mercadoria. Para isso, foi necessário resolver um primeiro desafio: 95% dos reboques não foram feitos para passar de um camião para um comboio. É nesse ponto que a plataforma Nikrasa desempenha um papel fundamental.

"O nosso objetivo era desenvolver uma plataforma compatível com a maioria dos tipos de reboques. Hoje, cerca de 94% dos reboques que circulam nas estradas podem ser carregados graças à plataforma Nikrasa", disse à euronews Albert Bastius, chefe de operações da Tx Logistik, uma das empresas parceiras do projeto Alpinnoct.

As plataformas Nikrasa funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana.

O apoio da política de coesão europeia

O projeto Alpinnoct envolve quatro países da União Europeia, Alemanha, Áustria, Itália e Eslovénia, juntamente com a Suíça. O orçamento total da iniciativa ronda os 3 milhões de euros. Cerca de 2,5 milhões de euros são financiados pela política de coesão europeia. Os objetivos do projeto incluem a redução dos tempos de armazenamento e a construção de novos terminais e áreas de manobra. Os quinze parceiros do projeto europeu partilham entre si regras e recomendações.

Um passo para combater as alterações climáticas

Segundo um dos mentores do projeto, o transporte Intermodal é económico e é um elemento fundamental para lidar com a crise climática.

“Na região alpina, podemos colocar 30 reboques num comboio. Deste modo, podemos evitar ter 29 motoristas de camião, basta um maquinista. Já não temos motoristas de camião. Com menos custos de pessoal, podemos reduzir o CO2 em 80%”, sublinhou disse Karl Fisher, diretor da Logistik-Kompetez-Zentrums e responsável do projeto europeu AlpinnoCT.

Para as empresas do setor, o mais importante é manter a flexibilidade dos sistemas de transporte internacional. A euronews falou com o diretor de uma empresa de logística alemã parceira do projeto que visa promover a intermodalidade no transporte de mercadorias.

“O mais importante é a flexibilidade. É algo exigido pelo mercado. A nosso referência é a estrada. Por isso, a ferrovia tem de ser flexível, tal como as empresas de logística e de transporte", frisou Thomas Eberl, Diretor Executivo da Eberl Internationale Spedition GmbH & Co, uma das empresas parceiras do projeto europeu.

A União Europeia pretende transferir 30% do transporte rodoviário de mercadorias para o transporte ferroviário ou fluvial até 2030 e 50% até 2050.

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