Crise vota ao abandono jóias da arquitetura

Crise vota ao abandono jóias da arquitetura
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Muitos dos edifícios dos mágicos anos 50 do século passado em Caracas estão a degradar-se. A crise votou ao abandono jóias da arquitetura venezuelana

Por detrás dos conflitos políticos e da crise económica que hoje caracterizam a Venezuela, existem, em Caracas, jóias ocultas da arquitetura dos anos 50.

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Foi uma década mágica que coincidiu "com a chegada de imigrantes europeus", à capital venezuelana e que trouxe projetos de arquitetos e artistas de renome mundial.

Paulina Villanueva, a filha do famoso arquiteto Carlos Raul Villanueva recorda: "Era uma geração de intelectuais, de arquitetos que tinham uma visão de futuro e que pensavam que tal futuro era possível na sociedade venezuelana. E não foi. "

Um bom exemplo é o Hotel_Humboldt, um hotel que "flutua entre as nuvens". Localizado 2.150 metros acima do nível do mar, só pode ser acedido por teleférico ou por estrada com um veículo todo-o-terreno. Tanto a torre como os seus arcos ondulados podem ser vistos a partir da cidade.

"O Hotel Humboldt é património histórico da Venezuela e estamos a trabalhar para que seja classificado como património mundial, tal como foi a Cidade Universitária, que é uma peça contemporânea", diz Carlos Salas, Diretor de Operações do Hotel Humboldt

Construída entre 1940 e 1960, a Cidade Universitária de Caracas é constituída por um complexo de 40 edifícios com fachadas coloridas inconfundíveis, que integra obras de artistas de renome e tem vindo a deteriorar-se com as dificuldades económicas do país.

Como ela, muitos dos edifícios dessa época dourada estão a degradar-se. Uma parte da história da Venezuela que a crise votou ao esquecimento.

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