As alterações climáticas e a subida das águas na Camarga francesa

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Segundo maior delta do Mediterrâneo cada vez mais ameaçado pela subida do nível do mar, devido ao aquecimento global.

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A zona da Camarga francesa, o segundo maior delta do Mediterrâneo e uma reserva de exceção para a biodiversidade. Com as alterações climáticas, estes 150 mil hectares de pântanos, terras agrícolas e lagoas estão diretamente ameaçados pela subida do nível das águas. Os seus efeitos já se fazem sentir: em Sainte Marie de la Mer, alguns dos diques construídos ao longo das praias na década de 1980 estão agora submersos e a erosão costeira está a progredir

Uma residente nesta zona na costa do Mediterrâneo, adianta que “há três ou quatro décadas, as praias diminuíram, as pedras começaram a chegar e o areal diminuiu. E que agora têm dois ou três dias de neve todos os anos, quando antes não estavam habituados a vê-la.

O ecossistema sofre com alterações irreversíveis. A região torna-se salinizada, o que dificulta cada vez mais a pesca e a lavoura, como explica a criadora de touros, Aurelie Raunaud, dos Criadores Raynaud, estabelecidos na Camarga desde 1950: viu “muitos efeitos do avanço do mar e da salinidade do solo. Que como o solo é salgado a erva cresce menos". Acrescenta, que perderam qualidade nos pastos e precisam de apostar mais no feno. E que "tudo isto se traduz em mais dificuldades financeiras".

Estima-se que grande parte da região esteja submersa até ao fim do século. E as tempestades colocam em risco os diques e as instalações costeiras. Perante esta inevitável subida do nível das águas, há quem acredite que será necessário deslocar parte da população da Camarga - a mais ou menos longo prazo.

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