Julgamento de 24 pessoas acusadas de "ajuda à imigração ilegal" adiado na Grécia

O julgamento dos 24 voluntários de uma ONG de apoio humanitário a migrantes e refugiados foi adiado depois do Tribunal de primeira instância de Lesbos, na Grécia, se ter declarado incompetente, reencaminhando o caso para uma instância superior.
Enquanto o processo se vai arrastando pela justiça grega, os acusados apontam para os paradoxos da acusação. Sarah Mardini foi uma das 24 pessoas acusadas. Vive na Alemanha, onde lhe foi concedido asilo depois ter cumprido mais de cem dias de prisão preventiva em Atenas.
O advogado lamenta que a sua cliente não possa comparecer em tribunal uma vez que "_está proibida de entrar no país há três anos pode decisão judicia_l".
Os réus são acusados de "ajuda à imigração ilegal" por terem salvado refugiados no mar Egeu em 2018 e arriscam 25 anos de prisão.
A Amnistia Internacional classifica o processo de "grotesco" e para o Parlamento Europeu, trata-se de "o maior caso de criminalização da solidariedade na Europa".