Presidente ucraniano acusa Rússia de apoiar tentativa de golpe de Estado

O presidente ucraniano diz que os serviços secretos do seu país descobriram que está a ser preparado um golpe de Estadoapoiado pela Rússia e que deverá acontecer na próxima semana.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov,já negou as acusações, dizendo que a Rússia não se envolve em situações como esta e que não tem planos para fazê-lo. Mas Volodymyr Zelensky diz-se preparado para o que der e vier garantindo ter "controlo total" sobre as fronteiras e que estão "totalmente preparados para qualquer situação".
Zelenskyy recusou-se a revelar mais detalhes dizendo apenas que não planeia fugir do país.
O presidente referiu ainda que o seu chefe de gabinete, Andriy Yermak, estará em breve em contacto com as autoridades russas a pedido do Presidente do Conselho EuropeuCharles Michel e da Chanceler alemã Angela Merkel.
Já o secretário-geral da NATOlançava advertências e alertas a Moscovo, isto depois de a Rússia ter concentrado, pela segunda vez este ano, artilharia pesada e tropas de combate nas fronteiras da Ucrânia. Jens Stoltenberg explicava que estão _"_a monitorizar de muito perto esta situação" que recolhem e partilham informação e que enviaram "uma mensagem clara à Rússia: eles precisam de desacelerar, reduzir as tensões, ser transparentes" tendo também alertado para o facto de que "qualquer uso de força contra a Ucrânia terá consequências, terá custos para a Rússia".
Zelensky afirmou que os serviços secretos têm gravações áudio de um alegado encontro entre representantes oficiais russos e ucranianos no qual se debateu um plano para um golpe, supostamente, financiado pelo oligarca mais rico da Ucrânia, Rinat Akhmetov.