Ursula von der Leyen e Jens Stoltenberg prometem uma maior cooperação com Lituânia, Polónia e Letónia perante as ameaças da Bielorrússia
Numa visita à Lituânia, este domingo, líderes da União Europeia e da NATO prometeram uma maior cooperação perante as ameaças da Bielorrússia. Sobre a mesa estiveram a crise migratória e o reforço da presença militar da Rússia perto da Ucrânia.
A presidente da Comissão Europeia, afirmava que a "Lituânia tem respondido a este ataque híbrido de uma forma humana e firme" e que a "União Europeia continua a estar ao seu lado", o que inclui apoio logístico para ajudar à gestão eficaz da fronteira e de uma "estreita cooperação" com a "Frontex, EASO e Europol". Ursula von der Leyen acrescentava que o país já "está a beneficiar de 37 milhões de euros em assistência de emergência" valor que vai "triplicar", 200 milhões de euros "no total" para 2021 e 2022, que serão repartido também pela "Polónia e Letónia".
Von der Leyen e Jens Stoltenberg acusam a Bielorrússia de orquestrar a crise migratória, o que Minsk nega.
Mas há outras questões preocupantes. O Secretário-Geral da Aliança Atlântica voltava a alertar Moscovo para os "custos e consequências" de qualquer ação perto da fronteira ucraniana.Stoltenberg afirmava que a NATO já "condenou, fortemente, o comportamento do regime de Lukashenko". Que nos últimos anos têm"aumentado, significativamente", a presença nesta região. "Pela primeira vez, na nossa história, temos grupos prontos para combate na região do Báltico, incluindo um na Letónia e outro na Lituânia".
Para Stoltenberg o envio de tanques, artilharia, drones e milhares de tropas, prontas para combate, para a fronteira com a Ucrânia é "muito preocupante, por muitas razões", sobretudo porque não há motivo para isso.
A visita à Lituânia acontece antes de um encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da NATO, terça e quarta-feira, na vizinha Letónia, para discutir esta situação.