Bielorrússia não quer confronto com a Polónia

Enquanto algumas das centenas de migrantes, que continuam bloqueados na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia começam a receber abrigo e provisões, na frente diplomática a guerra de palavras continua.
O Presidente da Bielorrússia criticou a União Europeia pela recusa em realizar conversações sobre a crise, mas salientou que não quer um confronto com a Polónia. Alexander Lukashenko disse que "é preciso chegar aos polacos, a cada polaco, e mostrar-lhes que não são bárbaros". Adiantando que não querem um confronto e nem precisam disso. Que compreendem que - se exagerarem - a guerra será inevitável e isso será uma "catástrofe". Por seu lado, a União Europeia diz pretender realizar discussões técnicas com agências da ONU para abordar a questão do repatriamento de migrantes.
Peter Stano, o principal porta-voz da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança adianta que "normalmente, não costumam comentar o que o Lukashenko está a dizer, porque muita coisa não tem nada a ver com a realidade, mas que têm sido muito claros, nos últimos dias, ao dizerem o que vão fazer no que toca à assistência da UE, a da possível contribuição para a resolução desta crise que diz ter sido criada artificialmente".
A Comissária para os Assuntos Internos da União Europeia disse à euronews que pretende que a Polónia garanta o acesso de organizações humanitárias à fronteira.
A Bielorrússia divulgou imagens da ajuda médica dada aos migrantes que afirma terem sido maltratados pelas forças de segurança polacas, depois de terem atravessado a fronteira - uma alegação que a Polónia desmente.