Polónia denuncia reorientação do fluxo migratório para os países do Báltico

Apoiar os guardas de fronteira e a "integridade da pátria polaca" e protestar contra a "chegada imigrantes ilegais". Agenda para uma marcha ultranacionalista em Bialystock, este domingo. A cerca de 60 quilómetros da fronteira com a Bielorrússia, uma centena de pessoas quis responder em sinal contrário às manifestações de sábado que, em Varsóvia e em Hajnowka, exigiam que o governo apoiasse os migrantes.
Pressão migratória sobre os países bálticos
Em mais um esforço de coordenação regional, o primeiro-ministro polaco reuniu-se entretanto com representantes da Estónia, Lituânia e Letónia. Há informações de que Minsk está já a reorientar o fluxo migratório.
"Nas últimas 40 horas, Lukashenko transportou migrantes directamente da fronteira polaca para armazéns a poucos quilómetros da fronteira com a Letónia. Isto mostra que estas pessoas são um instrumento nas mãos das autoridades de Minsk," revelou Mateusz Morawiecki, primeiro-ministro polaco.
Num outro armazém em Bruzgi, na Bielorrússia, junto à fronteira com a Polónia, centenas de migrantes continuam a aguardar para saber quais os próximos passos. Alguns ainda alimentam a esperança de conseguir atravessar a fronteira, mas muitos mostram-se resignados com a possibilidade de um repatriamento. O regime bielorrusso quer mostrar que está a tratar destes migrantes e tem permitido a recolha de imagem nestes centros a algumas equipas de jornalistas.
A Polónia voltou a divulgar novas tentativas ilegais de atravessar a fronteira. O governo de Varsóvia diz que não há ainda condições para baixar a guarda e mantém o reforço da segurança da fronteira.