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Kurz abandona a política

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Direitos de autor  Lisa Leutner/AP Photo
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De Teresa Bizarro com AFP
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Sebastian Kurz diz-se "desgastado" pela investigação por corrupção. Dois meses depois de se demitir do cargo de chanceler austríaco, anuncia o abandono de todas as funções políticas

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De jovem prodígio da política austríaca a reformado da vida pública: história breve dos últimos dois meses de Sebastian Kurz. Investigado por corrupção, o ainda líder do Partido Popular austríaco demitiu-se há dois meses do cargo de chanceler e anunciou esta quinta-feira que também vai abandonar a presidência dos conservadores.

Kurz diz-se "desgastado" com o constante escrutínio. "Como Chanceler Federal, há tantas decisões a tomar todos os dias que sabemos, logo de manhã, que também vamos tomar decisões erradas. Estamos sempre sob observação. Além disso, temos sempre a sensação de que estamos a ser perseguidos," afirmou, acrescentando aguardar "com expectativa" o dia em que poderá provar em tribunal que as alegações estão erradas, "mesmo que isso demore anos".

Alegando a inocência, Sebastian Kurz pediu, em outubo, a colega de partido e amigo próximo, o Ministro dos Negócios Estrangeiros Alexander Schallenberg, que lhe sucedesse.

Em meados de Novembro, o parlamento levantou-lhe a imunidade.

Escândalos em série

A procuradoria geral austríaca investiga suspeitas de uso indevido de fundos públicos, entre 2016 e 2018, para financiar a publicação de sondagens falsas e notícias favoráveis ao partido conservador. A informação foi conhecida em outubro, quando vários locais, incluindo a chancelaria e o Ministério das Finanças, foram alvos de buscas.

Kurz foi o chefe de governo mais jovem do mundo quando tomou posse aos 31 anos de idade. Quatro anos antes já era ministro dos Negócios Estrangeiros.

A estreia no governo fez-se ainda antes de completar a licenciatura em Direito. Aos 24 anos é nomeado Secretário de Estado da Amninistração Interna. 

Da extrema direita até aos Verdes

A coligação que, em 2017, formou com a extrema-direita entrou em colapso em 2019 quando o aliado no governo foi apanhado num caso de corrupção. Novas eleições permitiram-lhe no entanto manter a liderança do executivo.

A torrente de medidas anti-imigração aprovadas durante o primeiro mandato e as suas relações tensas com os meios de comunicação social fizeram dele uma figura divisória.

Sebastian Kurz sempre reivindicou certamente as suas convicções pró-europeias. Mas não repossicionou o Partido Popular. 

Num golpe de sobrevivência, em Janeiro de 2020, o homem cujos instintos políticos e talento retórico os cientistas políticos elogiam, juntou-se aos Verdes, uma mudança radical.

Karl Nehammer, atual ministro da administração interna, é apontado como herdeiro político de Sebastian Kurz.

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