Putin e Xi Jinping elogiam relações bilaterais

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De  Euronews com Lusa
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Os dois líderes falaram esta quarta-feira por videoconferência

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Os presidentes da Rússia e da China falaram sobre as relações bilaterais e os assuntos que marcam a agenda internacional.

O encontro virtual entre Vladimir Putin e Xi Jinping ficou marcado pela pressão do Ocidente sobre Moscovo, por causa do aumento de tropas na fronteira com a Ucrânia, e sobre Pequim, por causa dos alegados abusos dos Direitos Humanos.

Durante a conversa, os líderes saudaram as relações entre os dois países que, para Putin, são "um bom exemplo de cooperação interestatal no século XXI".

Por seu lado, Xi Jinpin sublinhou o apoio do presidente russo no esforço do governo chinês de proteger os principais interesses nacionais.

Jogos Olímpicos de Inverno

Putin também assegurou a Xi que se deslocará a Pequim por ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno, que decorrerão de 4 a 20 de fevereiro de 2022.

Os jogos foram alvo de um boicote diplomático por parte dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália por violações dos direitos humanos na China.

"Em fevereiro, finalmente, poderemos encontrar-nos pessoalmente em Pequim", disse Putin, de acordo com imagens transmitidas em direto na televisão russa, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

Putin disse que ele e Xi se opõem a “qualquer tentativa de politização do desporto e do movimento olímpico”.

Sanções do Ocidente

Nos últimos anos, a China e a Rússia têm alinhado cada vez mais as posições externas para tentar contrariar o domínio dos Estados Unidos na ordem económica e política internacionais, e têm sido alvo de sanções por causa de questões internas.

A China tem enfrentado sanções por abusos contra minorias, especialmente os muçulmanos uigures em Xinjiang, e pela sua repressão contra o movimento pró-democracia em Hong Kong.

Os Estados Unidos e a China também discordam em questões relacionadas com o comércio, a tecnologia e o que Washington qualifica como a intimidação militar chinesa sobre Taiwan, que Pequim afirma integrar o seu próprio território.

A Rússia enfrentou sanções internacionais por anexar a península ucraniana da Crimeia, em 2014, e pelo presumível envenenamento e prisão do líder da oposição, Alexei Navalny.

As relações da Rússia com os EUA atingiram o nível mais baixo desde o fim da Guerra Fria depois da anexação da Crimeia e de Moscovo apoiar uma insurreição separatista no Leste da Ucrânia.

As tensões reacenderam-se nas últimas semanas, depois de Moscovo ter enviado dezenas de milhares de tropas para a fronteira com a Ucrânia, com Kiev e o Ocidente a denunciarem planos de uma nova invasão.

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