Os parceiros do Processo de Astana voltam a tentar encontrar soluções para o conflito na Síria, que já dura há mais de uma década.
Já está a decorrer, na capital do Cazaquistão, a 17ª reunião sobre o Processo de Astana, que junta as delegações da Turquia, Rússia e Irão, com o objectivo de encontrar uma solução para a crise na Síria. Um conflito que já dura há mais de uma década.
Em cima da mesa vão estar a actual situação na Síria e a manutenção da paz nas zonas onde o conflito tem vindo a diminuir de intensidade, em linha com anteriores acordos durante o Processo de Astana. São também esperadas negociações sobre a ajuda humanitária e troca de prisioneiros.
Chris Doyle, director do Conselho para o Diálogo entre Árabes e Britânicos, fala numa situação de estagnação.
"Nenhuma potência externa dos principais países doadores, como os Estados Unidos e a União Europeia, deseja envolver-se no processo de reconstrução para financiamento, porque não pretendem dar ao regime qualquer meio de apoio. Portanto, em muitos aspectos a situação está estagnada".
Já Lavrentyev, o enviado especial do Presidente russo, Vladimir Putin, disse num comunicado antes da reunião que o grpo iria focar-se essencialmente na situação no terreno e no cessar-fogo. Lavrentyev justificou que células adormecidas do Estado Islâmico e outros grupos terroristas na Síria retomaram actividade recentemente.
“Vamos dar prioridade a esta questão na nossa reunião com os parceiros turcos e iranianos”, afirmou.
O encontro decorre esta terça e quarta-feira e conta também com o Governo de Bashar al-Assad e a oposição síria. Além disso, marcam presença observadores das Nações Unidas, Jordânia, Líbano e Iraque.
As negociações de Astana sobre a Síria foram iniciadas em 2017 com a Turquia, Rússia e Irão, com vista a alcançar uma solução para a crise síria.