Rússia ameaça com resposta militar

A Rússia avisa que as ameaças do Ocidente terão uma resposta militar e técnica adequada, no contexto da escalada das tensões em torno da Ucrânia.
Numa demonstração de força, o ministério russo da Defesa divulgou um vídeo onde se vê o teste de um míssil hipersónico de um submarino.
O ministro da Defesa, Sergey Shoigu, acusou os Estados Unidos da América de estarem a armar a Ucrânia.
"A presença de mais de 120 pessoas de empresas militares privadas dos Estados Unidos tem sido fidedignamente apurada em Avdiivka e Priazovske, na região de Donetsk. Eles criaram posições de tiro em edifícios residenciais e em instalações sociais, e estão a preparar as tropas e forças especiais ucranianas, e grupos radicais armados para ações de combate ativo".
Perante o que o Kremlin considera uma ameaça, Shoigu assegurou que este ano, a capacidade combativa das Forças Armadas da Rússia foi reforçada em 21,8%.
Por sua vez, Vladimir Putin apontou o dedo ao Ocidente e à NATO voltando a exigir que a Aliança Atlântica não se expanda mais para o leste da Europa pois considera que é uma ameaça para a segurança do país.
O presidente russo sublinhou que "a Rússia significa segurança igual e indivisível na zona euro-asiática. No caso dos colegas ocidentais continuarem a sua linha claramente agressiva, em resposta, tomaremos as medidas militares e técnicas adequadas. Reagiremos com firmeza a medidas pouco amigáveis".
Para a Ucrânia a adesão à União Europeia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte é fundamental numa altura em que Moscovo reúne milhares de militares junto da fronteira.
Esta terça-feira, perante o corpo diplomático do país, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, demonstrou frustração perante as reticências de Bruxelas e da NATO.